Tango


À meia luz, melancolia. Sensualidade a


derramar-se em nostalgia. Espetáculo


íntimo. Intimida-a-dor...

Os pés sobre o quadro de tela a firmar


contornos abstratos, típicos d´ alma de

artista e triste como o lamurio de um 

jovem poeta...

O suave toque sobre um chão invisível

e o caminhar ritmicamente improvisado

tão comum às pegadas amadoras, que

acreditavam não estar à altura da milonga

Purpura ilusão de almas entrelaçadas!

Olhos que se fitam no diálogo de corpos

silenciosos, que se tocam em linhas curvas

Dramaturga intenção a dança descortina.

Revela-se como uma história de amor e ódio.

Passos firmes do homem sobres suntuosas 

formas femininas, submissas à paixão cristalina.

Assim é o tango para quem dança e para quem

admira; enfeitiçado pelo clima da provocação,

(e)levado pela magia a (a)rriscar-se pelo salão....

Autores:
Ana Lúcia Gouvêa da Silva.
Augusto Felipe de Gouvêa e Silva.

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